Meu nome é Julia e atualmente estou no oitavo período da Faculdade de Medicina da UFRJ. Acompanhei o ambulatório de hanseníase da professora Maria Leide W. Oliveira durante meu sétimo período na faculdade e, agora no oitavo, fazendo Projeto de Iniciação Científica com a mesma professora, tive mais uma vez a oportunidade de frequentar seu ambulatório e vivenciar um pouco da realidade dos pacientes com hanseníase.
Foram diversos os pacientes ouvidos e entrevistados no ambulatório e em visita a Clínica de Saúde da Família em Magé. Cada um possuía suas próprias experiências, visões e expectativas sobre a hanseníase - alguns mais otimistas, outros menos. No entanto, o que mais me chamou a atenção ao longo desse trabalho foi o baixo conhecimento dos pacientes e das pessoas em geral sobre a doença, sua forma de transmissão, seus sintomas, tratamento e possibilidade de cura. Muitas vezes, os próprios pacientes já diagnosticados não tinha essas informações. Além disso, pude perceber que o diagnóstico de hanseníase é precariamente feito em nosso sistema de saúde: a maioria dos pacientes com quem pude conversar recebeu diversos diagnósticos e passou por várias especialidades médicas durante meses ou anos antes de ter o diagnóstico de hanseníase estabelecido. Isso faz com que haja um atraso no começo do tratamento e aumento das sequelas incapacitantes, o que é sério e faz da necessidade de existirem campanhas de conscientização da hanseníase um assunto de utilidade pública e social.
Por fim, quero registrar que essa convivência foi uma experiência muito enriquecedora e esclarecedora para mim.
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ResponderExcluirJulia, os pacientes têm muito a nos ensinar. Lembre-se disso sempre. Ouvi-los com atenção aprimora o nosso conhecimento e nos ajuda a fazer mais acertos em nossos diagnósticos e condutas. A hanseníase em geral, afeta pessoas pobres e muito sofridas. É uma carga para a qual temos que estar preparados. Impossível não se indignar!
ExcluirQuanto à comunicação e educação em saúde é uma assunto complexo. A compreensão da Hanseníase, um neologismo que se iniciou no Brasil, nos anos setenta, mas que as pessoas acabam fazendo relação com a doença antiga, para realmente entenderem. Vamos tentar dar uma "cara uniforme "a esse blog, e contribuir com a disseminação do conhecimento, fazendo uma abertura que realce os sinais iniciais? Antes dá uma olhada no acervo de materiais educativos do blog, elaborado por uma estudiosa no assunto.
Espero que você esteja atenta à essa realidade brasileira, que para o seu controle, depende do diagnóstico e tratamento oportunos, dos PROFISSIONAIS DE SAÙDE e maior conhecimento popular.
Julia, os pacientes têm muito a nos ensinar. Lembre-se disso sempre. Ouvi-los com atenção aprimora o nosso conhecimento e nos ajuda a fazer mais acertos em nossos diagnósticos e condutas. A hanseníase em geral, afeta pessoas pobres e muito sofridas. É uma carga para a qual temos que estar preparados. Impossível não se indignar!
ExcluirQuanto à comunicação e educação em saúde é uma assunto complexo. A compreensão da Hanseníase, um neologismo que se iniciou no Brasil, nos anos setenta, mas que as pessoas acabam fazendo relação com a doença antiga, para realmente entenderem. Vamos tentar dar uma "cara uniforme "a esse blog, e contribuir com a disseminação do conhecimento, fazendo uma abertura que realce os sinais iniciais? Antes dá uma olhada no acervo de materiais educativos do blog, elaborado por uma estudiosa no assunto.
Espero que você esteja atenta à essa realidade brasileira, que para o seu controle, depende do diagnóstico e tratamento oportunos, dos PROFISSIONAIS DE SAÙDE e maior conhecimento popular.